Espécie terrestre descrita em 1850 por Reichenbach e que ocorre em grande parte do continente americano, desde a Costa Rica até o sul do Brasil, alcançando a Argentina e o Paraguai.
Com quase quatro dezenas de espécies reconhecidas pela lista do Royal Botanic Gardens, Galeandra é um gênero proposto por Lindley em 1832, e que tem orquídeas epífitas e terrestres.
Os pseudobulbos são subterrâneos, originando inflorescências que podem chegar a 1m de altura, lenhoso, portando um número variável de flores entre 5 a 20 ou mais. A planta se apresenta áfila no período de floração.
As flores são predominantemente esverdeadas, às vezes em verde mais claro, às vezes mais forte, com belíssimo labelo branco envolvendo a coluna, com margens pilosas e marcadas por pequenas listras rosadas paralelas. Sépalas e pétalas têm aproximadamente a mesma forma e as mesmas dimensões – lanceoladas, apresentando, em média, entre 2 e 2,5cm de comprimento por 0,6 a 0,8cm de largura.
O labelo se apresenta de forma tubular. Uma vez distendido, apresenta forma de leque. É ligeiramente trilobado e mede entre 1,5 e 2,5cm de comprimento por 2 a 3cm de largura. No disco apresenta quatro carenas pubescentes, de cor verde. Forma um calcar curto e cônico na base, pubescente do lado interno.
A coluna mede entre 0,6 e 1cm de comprimento.
A espécie floresce no verão. O nome ‘beyrichi’ é referência ao botânico alemão Heinrich Karl Beyrich (1796-1834). Já o nome ‘Galeandra’ vem do latim e do grego – o latim ‘gálea’ (capacete) + o grego andrós (‘masculino’), referÇência à forma de capacete da antera.
A espécie tem algumas sinonímias heterotípicas: Galeandra viridis, descrita por Barbosa Rodrigues em 1882; Galeandra coxipoensis, descrita por Frederico Hoehne em 1912, e Galeandra fiebrigii, publicada por Schlechter em 1922.