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Alatiglossum longipes (Lindl.) Baptista
Dalton Holland Baptista, Colet. Orquídeas Brasil. 3: 88. (2006).

Oncidium longipes Lindl., Paxton's Fl. Gard. 1: 46. (1850). (basiônimo)
Kleberiella longipes (Lindl.) V.P.Castro & Cath., Richardiana 6: 159. (2006).
Gomesa longipes (Lindl.) M.W.Chase & N.H.Williams, Ann. Bot. (Oxford) 104: 397. (2009). (KEW)
Oncidium janeirense Rchb.f., Bonplandia 2: 90. (1854).
Oncidium oxyacanthosmum Rchb.f. ex Linden, Ill. Hort. 1855(2): t. 54. (1855).
Oncidium longipes var. monophyllum Regel, Index Seminum [St. Petersburg] 1863: 30. (1863).
Oncidium biflorum Barb.Rodr., Gen. Spec. Orchid. 2: 187. (1882).
Oncidium eurycline Rchb.f., Gard. Chron. n.s., 20: 812. (1883).
Oncidium unicolor Rolfe, Orchid Rev. 1: 266. (1893).
Oncidium hassleri Cogn., Fl. Bras. (Martius) 3(6): 445. (1906).
Oncidium monophyllum (Regel) Herter, Estud. Bot. Reg. Uruguay 24: 255. (1956).
Kleberiella unicolor (Rolfe) V.P.Castro & Cath., Richardiana 6: 159. (2006).
Alatiglossum unicolor (Rolfe) Baptista, Colet. Orquídeas Brasil. 3: 89. (2006).
Gomesa unicolor (Rolfe) M.W.Chase & N.H.Williams, Ann. Bot. (Oxford) 104: 398. (2009).
Gomesa eurycline (Rchb.f.) M.W.Chase & N.H.Williams, Ann. Bot. (Oxford) 104: 396. (2009).


Descrição

O gênero Alatiglossum foi criado em 2006 por Dalton Holland Baptista, para abrigar as cerca de 15 espécies de Oncidium até então reunidas na seção Barbata, cuja espécie-tipo era Oncidium barbatum Lindl.
A.longipes é uma dessas espécies, descrita em 1850 por Lindley e com ocorrência em todos os Estados do Sul e do Sudeste do Brasil, e ainda na Argentina, no Paraguai e no Uruguai. Em função disso e em decorrência de sua boa variação de forma de colorido e tamanho das flores, tem uma série de sinonímias heterotípicas, causadas principalmente por sua dispersão maior: Oncidium janeirense Rchb.f. (1854), Oncidium oxyacanthosmum Rchb.f. (1855), Oncidium biflorum Barb. Rodr. (1882), Oncidium eurycline Rchb.f., (1883), Oncidium unicolor Rolfe (1893), Oncidium hassleri Cogn. (1906) e Oncidium monophyllum (Regel) Herter (1956).
Como as demais espécies do grupo, esteve no gênero Kleberiella, criado em 2006 por Vitorino Castro e Eduardo Catharino, e em 2009 foi transferida para Gomesa na revisão de Chase e Williams.
Trata-se de planta epífita de crescimento entouceirado, com tendência a reptante, se espalhando pelos troncos e galhos onde vegeta. Tem muita relação com Alatiglossum uniflorum (Booth ex. Lindl.) D.H.Baptista, que entretanto tem calosidades distintas e inflorescências com menos flores; alguns autores dão ambas como sinônimias, considerando então como nome válido A.uniflorum, pois foi descrito antes, em 1843. Seriam consideradas sinônimias também outras duas espécies próximas, Alatiglossum bohnkianum (V.P.Castro & G.F.Carr) Baptista, tratada como uma variação de ocorrência no sul da Bahia, de flores maiores com labelo com disco de margens não fimbriadas, e também Alatiglossum regentii (V.P.Castro & Catharino) Baptista, também da Bahia (todas as espécies são consideradas válidas na lista de espécies da flora do Brasil, publicada pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro e também pelo Royal Botanic Gardens, embora neste último caso incluídas todas em Gomesa como Gomesa uniflora, Gomesa bohnkiana e Gomesa carlosregentii).
Os pseudobulbos de A.longipes são dispostos muito próximos uns dos outros, devido ao rizoma curto, que ramifica os pseudobulbos para todos os lados. As raízes são finas e brancas, muitas vezes aéreas. Os pseudobulbos medem entre 5 e 6cm de comprimento por 1,5 a 2cm de largura, têm colorido verde claro, são fusiformes e alongados, um pouco achatados lateralmente, com sulcos pouco profundos, e cobertos parcialmente por bainhas foliares. São bifoliados, com folhas coriáceas a moles, de forma elíptico-lanceolada e extremidade aguda. De acordo com as variações populacionais da espécie, podem ir de 7 a quase 20cm de comprimento por 1 a 3cm de largura.
A inflorescência surge da base dos pseudobulbos novos, com 7 a 15 cm em média, portando três a sete flores com diâmetro de 2 a 4cm, predominantemente amarelas com máculas castanhas de desenhos diversos nas pétalas e sépalas. São acinturadas na base. A sépala dorsal tem forma espatulada e um pouco ondulada, medindo entre 1,5 e 2 cm de comprimento por 0,5 a 0,7 cm de largura. As sépalas laterais são concrescidas em 1/3 de sua extensão e apresentam forma linear a lanceolada, um pouco voltadas para trás; medem entre 1,5 e 3cm de comprimento por 0,5-0,6cm de largura, podendo ser vistas por quem olha a flor de frente, pois mais longas que o labelo.
As pétalas são espatuladas e largas, com extremidade arredondada e margens encrespadas. Estão erguidas num ângulo de trinta graus relativamente aos lobos laterais do labelo. Medem entre 1,5 e 2cm de comprimento por 0,6 a 1cm de largura.
O labelo é trilobado, com lobos laterais arredondados. Mede entre 1,5 e 2,5cm de comprimento por 0,6 a 1,5cm de largura. O disco é fimbriado e apresenta múltiplas calosidades em relevo. Apresenta um estreitamento de largura variável abaixo dos lobos laterais. O lobo central é reniforme e emarginado, dividindo-se em dois lóbulos na extremidade.
A coluna é claviforme e ereta, medindo 0,5cm de comprimento . Apresenta duas asas alongadas, serrilhadas e um pouco onduladas . A cavidade estigmática é relativamente larga para a largura da coluna.
O nome ‘longipes’ vem do latim, pela junção de ‘longus’ (=longo) e ‘pedis’ (=pé), provável alusão ao tamanho alongado das sépalas laterais.

Época de floração

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