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Huntleya meleagris




Descrição

O gênero Huntleya foi descrito por 1837 por Lindley a partir de trabalhos de Bateman. Está inserido na subtribo Zygopetaliinae e conta atualmente com cerca de 14 espécies, a maior parte delas vivendo no Norte da América do Sul; apenas duas delas ocorrem no Brasil segundo a lista da flora brasileira publicada pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Huntleya lucida (Rolfe) Rolfe e Huntleya meleagris Lindl.
H.meleagris é a única que ocorre no Rio Grande do Sul. Alguns chamam sua flor de ‘estrela da República’.
Ocorre no norte do continente sul-americano e nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. Em 1855, Reichenbach a transferiu para Batemannia, como Batemannia meleagris, e em 1887 Nicholson a levou para o gênero Zygopetalum. Ambos os nomes são hoje considerados sinonímias homotípicas. A espécie tem também sinonímias heterotípicas: Huntleya albidofulva Lem (1868), Batemannia meleagris var. albidofulva Rchb.f. ex F.Buyss. (1878), Zygopetalum meleagris albidofulvum (Lem.) G.Nicholson (1888) e Huntleya meleagris var. albofulva (Rchb.f. ex F.Buyss.) Cogn. (1906).
Trata-se de uma espécie epífita, de matas úmidas e sombreadas, sem pseudobulbos, e com as folhas dispostas em uma espécie de leque de seis a sete folhas por planta. O crescimento é reptante, com o rizoma espalhando as novas plantas para cima e para os lados, fazendo com que a espécie assuma, para quem as observa à distância, a forma de plantas de bromélias de gêneros como Vriesea. Frederico Hoehne a considerava uma planta ‘semi-humícola’, pois em populações vegetando a baixa de altura de árvores o rizoma por vezes se espalha sobre detritos úmidos.
A planta tem raízes brancas que se espalham ao redor dos brotos , muitas vezes surgindo na axila das folhas, e não raro se mostrando um pouco aéreas. As folhas medem entre 20 e 35cm de comprimento por 3 a 4cm de largura, com colorido verde-claro. São lineares com a extremidade aguda. O rizoma separa as plantas entre 5 a 7cm de distância umas das outras.
A inflorescência surge da base da planta, portando uma flor solitária de textura brilhante, com colorido de fundo amarelo-creme com tons marrom-avermelhado claro nas metades superiores das pétalas e sépalas.
As sépalas têm medidas e forma semelhantes entre si: são lanceoladas, com extremidade aguda, e medem 3 a 3,5cm de comprimento por 2 a 2,5cm de largura. As pétalas são um pouco menores, com 2,5 a 3cm de comprimento por 2cm de largura em média, repetindo a mesma morfologia das sépalas.
O labelo tem o mesmo colorido das pétalas e sépalas. Mede cerca de 3cm de comprimento por 2-2,3cm de largura. É trilobado, com forma de coração e ápice agudo voltado para baixo. Apresenta um estreitamento na base, com cerca de 1cm de comprimento, onde possui uma calosidade em forma de crista fimbriada que vem desde a base até o centro do labelo. Os lobos laterais são pequenos e quase não distintos do lobo médio.
A coluna mede entre 2 e 2,2cm de comprimento; é carnuda e arqueada para a frente, com duas asas laterais no ápice formando com a capa da antera um capacete, e portando quatro polínias.
A espécie floresce no verão.
O nome Huntleya é homenagem a J.O.Huntley, orquidófilo inglês da primeira metade do século XIX. O epíteto ‘meleagris’, por sua vez, tem dúvida a respeito; para David Miller, vem do latim, a partir do termos ‘mel’ e ‘gris’, ou seja, referência à cor das flores; já no dicionário etimológico do Padre Raposo e na Flora Brasilica de Frederico Hoehne encontra-se curiosa explicação – o nome seria galinha-da-Índia segundo o Padre Raposo ou galinha-d’Angola segundo Hoehne, referência também ao colorido das flores.

Época de floração

Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro


Fotos





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