Espécie descrita por Lindley em 1837, dispersa por grande parte do território brasileiro, da Bahia ao Rio Grande do Sul, chegando também a Goiás e Mato Grosso do Sul, e alcançando ainda o Paraguai e a região de Misiones.
O vegetal é ereto, podendo passar de 30cm de altura. O rizoma é reduzido, entre 2-3mm, fazendo com que os caules se apresentem muito próximos uns dos outros, montando grandes touceiras compactas e de muitas folhas. O caule pode alcançar 20cm de comprimento e a folha pode atingir 12cm, com até 3cm de largura. A folha, verde-escura (mas amarela se exposta à insolação direta) tem consistência coriácea e é bem sulcada, com ápice agudo.
As inflorescências podem ter até 15 flores amarelas de 1cm de diâmetro, e são muito perfumadas. Abrem todas simultaneamente e permanecem abertas por dez dias. O labelo, trilobado, geralmente apresenta duas máculas marrom-avermelhadas próximo à base. Observamos floração desta espécie no outono e começo do inverno, mas há registros de floradas em outros períodos do ano.
Quanto ao nome da espécie, diz respeito à típica grossura e dureza das folhas.
Com os estudos de Wellington Forster acerca do gênero Octomeria, uma série de espécies antes consideradas válidas passou à condição de sinonímias de O.crassifolia, pois as diferenças verificadas se mostraram não ser suficientes para separá-las. Assim, O.alpina, O.densiflora, O.ementosa, O.fasciculata, O.gehrtii, O.robusta, O.serrana. O.similis e O.sphatulata são hoje todas sinonímias de O.crassifolia.