Espécie endêmica da mata atlântica das regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Descrita em 1881 por Barbosa Rodrigues, trata-se de espécie com caules de 8 a 15cm e folhas ainda maiores, com comprimento entre 20 e 40cm, pendentes, roliças e pontiagudas, de um colorido verde-escuro tendendo às vezes ao púrpura.
A inflorescência surge na base das folhas, em pedicelos de meio centímetro de comprimento, portando entre cinco e doze flores amarelo-ouro, com labelo com máculas marrons. As sépalas e pétalas têm forma obovada, com extremidades arredondadas; são levemente translúcidas e brilhantes. A sépala dorsal tem entre 0,8 e 1,2cm de comprimento por 0,3-0,4cm de largura, e as laterais são um pouco menores – 0,7-1,1cm de comprimento pela mesma largura da sépala dorsal. As pétalas têm entre 0,6 e 1,2cm de comprimento por 0,3-0,4cm de largura. O labelo, por sua vez, é trilobado e mede entre 0,5 e 0,6cm de comprimento por 0,4-0,5cm de largura, apresentando duas calosidades longitudinais. Os lobos laterais são próximos da base e erguidos. A coluna mede 0,4cm de altura e é de um amarelo mais esverdeado, apresentando na base a mesma tonalidade vinho das máculas do labelo.
A planta floresce no fim do inverno. O nome, Barbosa Rodrigues trouxe do latim; junção de ‘junci’ (=junco) e ‘folia’ (=folha), alusão mais que evidente à morfologia das folhas da espécie.
A espécie tem duas variedades descritas, ambas hoje consideradas sinonímias da espécie: Octomeria juncifolia var. revoluta, descrita pelo próprio barbosa Rodrigues na mesma publicação em que descreveu a espécie,e Octomeria juncifolia var. minor, descrita por Cogniaux em 1896.