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Oeceoclades maculata




Descrição

Uma espécie terrestre de larga ocorrência. Descrita por Lindley em 1821 como Angraecum maculatum, passou também pelos nomes Limodorum maculatum (Lindl.) G.Lodd., Aerobion maculatum (Lindl.) Spreng., Eulophia maculata (Lindl.) Rchb.f., Eulophidium maculatum (Lindl.) Pfitzer e Graphorkis maculata (Lindl.) Kuntze. A espécie têm ainda diversas sinonímias heterotípicas, surgidas de descrições de diversos typus da planta; são quase duas dezenas, quantidade creditada evidentemente à larga ocorrência da espécie. Ocorre em grande parte da África, na América do Norte (Flórida e México), na América Central (tanto no continente quanto no Caribe) e na América do Sul. No Brasil, a espécie é encontrada em praticamente todos os Estados. Um dos fatores que contribuem para essa grande dispersão é o fato de tratar-se de planta com flores que se autopolinizam.

O gênero Oecoeclades, foi criado por Lindley em 1832 e possui cerca de 40 espécies, mas esta é a única cuja ocorrência ultrapassa os limites da África; todas as demais são restritas ao continente africano.

O.maculata é espécie de fácil identificação mesmo sem flor, dadas algumas características do vegetal, principalmente o fato de ser uma espécie terrestre com pseudobulbo evidente, além da rigidez coriácea das folhas e do colorido maculado das folhas – característica que dá nome à espécie.

O rizoma é curto. A espécie tem enraizamento superficial, com raízes brancas e verrucosas, com cerca de 0,5cm de diâmetro e 10-12cm de comprimento. O pseudobulbo é envolto por bainhas e mede entre 2-2,5cm de comprimento por 1cm de largura; é lateralmente comprimido e traz uma folha única e apical, que pode passar de 20cm de comprimento por 5cm de largura em média. O verde das folhas é coberto por máculas verde-escuras, em diferentes desenhos de estampas.

A espécie floresce no outono. Por ser frequente a autopolinização, as flores duram poucos dias. A inflorescência é ereta, surge da base do pseudobulbo e chega a 40-45cm de altura, com em média 12-15 flores de um colorido rosado com nuances laranja (costumo dizer que é uma ‘cor de Cattleya forbesii’). As flores abrem em sucessão, a partir das inferiores. A sépala dorsal mede 1cm de comprimento por 0,2-0,3cm de largura. As laterais têm o mesmo tamanho, com alguma diferença entre si, assim como as pétalas, que no entanto costumam ser um pouco mais largas do que as sépalas. As pétalas são erguidas, praticamente paralelas com a sépala dorsal.

O labelo é branco, com máculas laterais rosa escuro nas margens superiores e veias nos lobos laterais. Tem em média 0,7-0,8cm de comprimento e a mesma medida na sua parte mais larga, onde apresenta uma calosidade central carnosa e bipartida. Apresenta quatro lobos, dois laterais basais e dois frontais, sendo que os lobos basais são curvados para baixo. Um calcar evidente, com 0,5cm de comprimento. A coluna, por sua vez, mede 0,6cm de comprimento.

Existe uma variedade alba, cuja primeira população teria sido encontrada no Rio de Janeiro por Nelson Luiz Bittencourt.

Época de floração

Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro


Fotos





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