Descrita em 1918 por Schlechter como Pleurothallis mirabilis, é uma espécie de Pleurothallidinae que ocorre desde o nível do mar até altitudes entre 800-900m, apresentando-se em pequenas touceiras de crescimento cespitoso e muitas folhas. Apresenta pequenas flores brancas de 1cm de diâmetro, em número de três a cinco flores por inflorescência. O vegetal pode ter até 10cm de altura, com caules muito finos e folhas obovadas e um pouco carnudas. A espécie floresce no fim do inverno e começo da primavera, e a beleza alba de suas flores chamou a atenção de Schlechter ao descrevê-la, dando-lhe então o nome de ‘mirabilis’, que em latim é ‘admirável’.
Pabstiella mirabilis é a espécie-tipo do gênero, que foi criado em 1976 por Friederich Brieger (alemão radicado no Brasil desde o fim dos anos 30 até sua morte nos anos 80) e Karlheinz Senghas (1928-2004) para abrigar um grupo inicialmente muito pequeno de espécies de Pleurothallidinae, aquelas com mento saliente e bem visível. O nome do gênero é uma homenagem ao estudioso e taxônomo gaúcho Guido Pabst, referência da orquidologia brasileira entre as décadas de 1940 e 1970, falecido em 1980. No começo dos anos 2000, Pridgeon e Chase, no trabalho de reestruturação da subtribo Pleurothallidinae, propuseram um novo gênero (Anthereon) para abrigar Pabstiella mirabilis e ainda Pleurothalis tripterantha e Pleurothallis mentosa (P.yauaperiensis).Pouco depois, Fabio de Barros restabeleceria o gênero Pabstiella, trazendo para ele outras três espécies, em trabalho que viria a ser complementado no fim dos anos 2000 através de Carl Luer, que trouxe mais seis dezenas de espécies para o gênero.