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Cattleya coccinea Lindl.
John Lindley, Edwards's Bot. Reg. 22: t. 1919. (1836).




Descrição

Uma das mais conhecidas espécies de Orchidaceaea das regiões Sul e Sudeste do Brasil, muito utilizada em cruzamentos para os quais se procura transmitir sua coloração vermelha, e muito procurada por orquidófilos interessados em exemplares ditos ‘de boa forma’, ou seja, com pétalas mais largas. A espécie há muitas décadas é utilizada em de híbridos de Laeliinae envolvendo outras espécies de Cattleya e ainda gêneros como Brassavola, Epidendrum, Laelia e Schomburgkia.
Por muito tempo incluída no gênero Sophronitis, a espécie foi transferida para o gênero Cattleya em 2009, após estudos filogenéticos de Cassio van den Berg, incluindo ainda as espécies de Hadrolaelia, Dungsia e Hoffmannseggella.
A planta foi descrita originalmente com esse nome, Cattleya coccinea, por John Lindley em 1836. É uma espécie epífita que mede entre 5 e 10cm de altura, de rizoma curto (0,5cm de comprimento), e que cresce em touceiras de 8-10 pseudobulbos eretos, unifoliados e curtos, que medem entre 1,5-2,5cm de comprimento por 0,3-07cm de largura. As folhas são também eretas e oblongas, com tamanho entre 3 e 7cm de comprimento por 1-1,3cm de largura em média.
A flor é solitária, normalmente com sépalas e pétalas vermelhas e labelo alaranjado com veias vermelhas. Mas há diversas variedades de colorido, sempre com muita procura pelos colecionadores: laranja, amarelo, abóbora. A flor surge de um pedúnculo com 2-2,5cm de comprimento. A sépala dorsal alcança em média entre 1,7 e 2,4cm de comprimento por 0,6 a 1,8cm de largura, enquanto as sépalas laterais são um pouco menores, com comprimento entre 1,6 e 2,3cm e largura entre 0,3 e 1cm. As pétalas são mais compridas e mais largas do que as sépalas; medem entre 2,2 e 2,6cm de comprimento por 1,4-1,6cm de largura. O labelo é menor, com comprimento médio de 1,5cm e largura média entre 1,3 e 1,5cm. É trilobado mas essa característica só é verificada quando distendido, pois se apresenta sempre em forma de tubo. O ápice é arredondado. A coluna tem entre 0,4 e 0,5cm de comprimento, com asas laterais e oito polínias.
A espécie ocorre no Sul e Sudeste e do Brasil e, até alguns anos, na região de Misiones na Argentina, onde, consta, já não se verifica mais sua ocorrência. É planta típica da floresta ombrófila mista (araucarieto) da região serrana do sul do Brasil, em altitudes variáveis entre 900 e 1200m, onde vegeta a média altura dos troncos e encontra o requisito principal para sua sobrevivência – elevada umidade do ar.
Floresce na primavera e começo do verão.
O epíteto ‘coccinea’ vem do latim ‘coccíneus’ (escarlate), ou seja, referência evidente ao vermelho muito vivo das flores da espécie. Já o nome do antigo gênero Sophronitis tem origem no grego ‘sophron’ – modesto, pequeno.
Sophronitis grandiflora Lindl., que muitas vezes é considerada uma outra espécie do gênero, é hoje sinonímia de Sophronitis coccinea Lindl.

Época de floração

Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro


Fotos



Fotos no Habitat





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