Stelis deregularis Barb.Rodr. foi descrita em 1882. Ocorre em grande parte do continente americano, desde o México até o Rio Grande do Sul, onde tem o limite sul de sua ocorrência, no extremo norte do litoral gaúcho.
É uma epífita que vegeta em matas úmidas, com até 20cm de altura, com caule de aproximadamente 1/3 desse comprimento, sempre envolvido por duas ou três bainhas do tipo afunilado.
A folha tem entre 10 e 12cm de comprimento e 1,5-2cm de largura, com extremidade sutilmente tridentada e um pseudopecíolo na base. A inflorescência tem entre 10 e 18cm de comprimento, surgindo de uma espata de 1-1,5cm de comprimento. As flores vêm em número de 30-40, de cor variável do amarelado ao verde, e eventualmente cor vinho. Têm curta duração e abrem sucessivamente, de baixo para cima. Normalmente as últimas flores abrem quando quase todas as outras já estão fechadas.
As sépalas são lisas e planas, praticamente do mesmo tamanho (entre 0,2-0,25cm de comprimento poe 0,08-0,1cm de largura) e com três nervuras. As três sépalas são conatas até 1/3 de seu comprimento, fazendo a flor se assemelhada a um curto tubo.
As pétalas são reduzidas como é comum nas Stelis, com comprimento entre 0,6-0,7mm e largura próxima da metade disso. O labelo é um pouco mais extenso e largo que as pétalas, com cerca de 0,8mm de comprimento por 1mm de largura.
Sua forma atípica para uma Stelis fez com que a espécie tivesse outros nomes no curso da história. Lindley a descreveu como Physosiphon spiralis, e Cogniaux a descreveu em 1896 como Physosiphon deregularis. Schlechter a tratou como Pseudostelis deregularis em 1922, e depois a incluiu em Pleurothallis como Pleurothallis bradei. Alguns anos depois, Ames e Schweinfurth trataram-na como Physosiphon minutiflorus. Williams a descreveu em 1956 como Pleurothallis schweinfurthiana. E Carlyle Luer, em 1978, a manteria em Pleurothallis, como Pleurothallis deregularis. Mas o nome aceito hoje na lista do Royal Botanic Gardens é Stelis deregularis.
A espécie floresce no outono. Quanto à origem do nome, o epíteto ‘deregularis’ significa, em princípio, ‘irreguláris’ (=irregular), mas não temos referência ao que faz alusão no vegetal ou nas flores.