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Baptistonia cornigera (Lindl.) Chiron & V.P.Castro
Guy Robert Chiron & Vitorino Paiva Castro, Richardiana 4: 117. (2004).

Oncidium cornigerum Lindl., Edwards's Bot. Reg. 18: t. 1542. (1832). (basiônimo)
Gomesa cornigera (Lindl.) M.W.Chase & N.H.Williams, Ann. Bot. (Oxford) 104: 396. (2009). (KEW)
Oncidium fimbriatum Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl. : 199. (1833).
Oncidium pyxidophorum Rchb.f., Gard. Chron. n.s., 12: 136. (1879).
Oncidium chrysorhapis Rchb.f., Gard. Chron. 1888(1): 72. (1888).
Oncidium godseffianum Kraenzl., Gard. Chron. 1896(1): 754. (1896).
Oncidium hecatanthum Kraenzl., Kongl. Svenska Vetensk. Acad. Handl. n.s., 46(10): 81. (1911).
Baptistonia fimbriata (Lindl.) Chiron & V.P.Castro, Richardiana 4: 117. (2004).
Gomesa chrysorhapis (Rchb.f.) M.W.Chase & N.H.Williams, Ann. Bot. (Oxford) 104: 396. (2009).


Descrição

Durante muito tempo Baptistonia foi um gênero monotípico, sendo sua única espécie Baptistonia echinata Barb.Rodr., descrita em 1877. Mas em 2004, Guy Chiron e Vitorino Castro transferiram para Baptistonia o grupo de espécies deOncidium da Seção Waluewa, da qual a mais antiga espécie descrita era Oncidium pubes Lindl., publicada em 1826. A seção Waluewa de Oncidium chegou a ser alçada à condição de gênero por Regel, em 1890, tendo como representante Waluewa pulchella, mas alguns depois foi transferida para Oncidium por Rolfe e em 1926 Schlechter transformou o gênero Waluewa em seção de Oncidium, sepultando a sua concepção de gênero válido.

Baptistonia cornigera, corresponde ao antigo Oncidium cornigerum, publicado por Lindley em 1833 e sinonimizado com Oncidium fimbriatum, que havia sido publicado elo próprio Lindley um ano antes, e cuja descrição apresentava mínimas diferenças para com a descrição de Oncidium cornigerum; daí a posterior sinonimização das duas espécies.

Como vários outros gêneros de Oncidiinae brasileiros,Baptistonia também foi transferido para Gomesa na revisão de Chase e Williams em 2009. Entretanto, mantemos aqui Baptistonia como nome válido, seguindo a Lista de Espécies da Flora do Brasil.

A ocorrência da planta inclui os Estados do Sudeste e Sul do Brasil, bem como Argentina e Paraguai. Floresce no verão.

Muito confundida com Baptistonia riograndense, da qual difere principalmente pela morfologia do labelo, B.cornigera é uma epífita com até 30cm de altura, de crescimento cespitoso, ereto a pendente, com rizoma curto e pseudobulbos verde-escuros bifoliados (eventualmente monofoliados, eventualmente com três folhas), e muito próximos uns dos outros, muitas vezes se encostando. São alongados e fusiformes, com a característica forma que lhe dá o conhecido apelido de ‘charutinho’. As folhas são lustrosas e coriáceas e até 18cm de comprimento por até 5cm de largura. A inflorescência é lateral, surgindo na base dos pseudobulbos e formando um cacho pendente. É paniculada e pode apresentar muitas ramificações, ultrapassando muitas vezes os 50cm de comprimento e podendo portar mais de trinta flores.

As flores têm até 2cm de diâmetro e são predominantemente amarelas com máculas marrons, em grande variação da pigmentação, incluindo desde flores totalmente amarelas a exemplares de flores em que as máculas marrons praticamente cobrem o fundo amarelo. As sépalas laterais são concrescidas em cerca de 2/3 a ¾ de seu comprimento. O labelo é trilobado e apresenta um grupo de calosidades típico da espécie, com uma calosidade inferior bipartida e dois calos corniformes superiores. O lobo médio é reniforme (em forma de rim).

O nome Baptistonia é homenagem de Barbosa Rodrigues a Baptista Caetano Almeida Nogueira (1826-1882), poeta, historiador e etnólogo brasileiro. O epíteto ‘cornigera’ vem do latim e é alusivo às calosidades corniformes do labelo. ‘Fimbriatum’, por sua vez, era referente às fímbrias da coluna e da base do labelo.

Época de floração

Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro


Fotos



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