Espécie descrita por Lindley em 1832, como Cymbidium marginatum, foi transferida para Maxillaria em 1855 pelo austríaco Eduard Fenzl.
Ocorre nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com hábito epífita e rupícola, sendo muitas vezes encontrada em paredões. Apresenta crescimento entouceirado, com muitos pseudobulbos agrupados. Medem entre 3 e 4cm de comprimento por 1,5 a 2cm de largura, são um pouco cônicos e bastante sulcados, cobertos por bainhas fibrosas e separados por rizoma lenhoso , grosso e ramificado, de 2cm de comprimento. O sistema radicular é composto por raízes marrons e duras, com 1mm de diâmetro.
Cada pseudobulbo traz duas folhas lineares com extremidade aguda, coriáceas, bastante sulcadas, com medidas entre 10 e 20cm de comprimento por 1,5 a 2cm de largura.
As inflorescências, cobertas por bainhas, medem entre 6 e 8 cm de comprimento, surgindo em número de uma ou duas por pseudobulbo, cada uma delas portando uma flor única. As flores são de colorido amarelo-creme com margens de cor vinho escuro, tanto as pétalas como as sépalas.
As sépalas são lineares, lanceoladas, com extremidade aguda, com 2,7-2,8cm de comprimento por 0,7cm de largura. As sépalas laterais são falcadas e têm sempre sua segunda metade um pouco voltada para dentro da flor.
As pétalas são menores, com 1,9-2cm de comprimento por 0,4cm de largura. São eretas, dispostas paralelamente à coluna.
O labelo é trilobado, com colorido mais creme que o restante da flor, e mede 1,6-1,7cm de comprimento por 0,9-1cm de largura. Apresenta uma calosidade central lustrosa, que vem da base ao centro do labelo. Máculas máculas vinho-escuras preenchem as extremidades dos três lobos.
A coluna é roliça, um pouco curvada, e mede entre 1 e 1,cm de comprimento, portando duas polínias. A cavidade estigmática é triangular, relativamente larga para o tamanho da coluna.
A espécie floresce na primavera.