Descrita em 1873 por Reichenbach como Maxillaria porphyrostele.
Ocorre no Sul do Brasil, onde é vista com frequência no araucarieto, em altitudes superiores a 700m e florescendo sempre no meio do inverno.Apresenta crescimento entouceirado, com muitos pseudobulbos agrupados, de cor verde-escura. Medem entre 3 e 4cm de comprimento por 1,5 a 2cm de largura, são ovoides, sulcados e bifoliados, coberto por bainhas fibrosas e separados por rizoma grosso e curto, de no máximo 1cm de comprimento. Costumam apresentar um elevado grau de enrugamento quando cultivados fora do habitat ou sujeitos a insolação forte
Cada pseudobulbo traz duas folhas lineares, sulcadas e com extremidade aguda, com medidas entre 8 e 10cm de comprimento por 2cm de largura.
As inflorescências, cobertas por bainhas, têm entre 4 e 5cm de comprimento e surgem em número de uma ou duas por pseudobulbo, cada uma delas portando uma flor única. As flores são de colorido amarelo-creme com máculas variáveis no labelo e, eventualmente, nas pétalas e sépalas. São bastante espalmadas, as flores; isso torna a espécie mais fácil de reconhecer na comparação com outras plantas do grupo cujas flores não abrem tanto.
As sépalas são lineares a lanceoladas, com 2,5 a 3cm de comprimento por 0,5cm de largura. As pétalas são também lineares, eretas, dispostas paralelamente à coluna, e medindo entre 2 e 2,5cm de comprimento por 0,3 a 0,4cm de largura.
O labelo mede 2cm de comprimento em média por 1,7 a 1,8cm de largura. É trilobado; os lobos laterais são erguidos, eretos, alcançando praticamente a altura da coluna, com diversas venosidades que eventualmente alcançam também o lobo médio. Na base do labelo há uma calosidade quadrada, uma plataforma que avança até o meio de sua extensão.
A coluna é roliça, avermelhada e arqueada, medindo cerca de 1cm de comprimento e portando quatro polínias.
O nome ‘porphyrostele’ vem do grego – ‘porphyra’ (=púrpura) + ‘stéle’ (=coluna), referência ao colorido da coluna.
As variações da forma de colorido deram origem a variedades descritas durante o passar dos anos, três delas publicadas por Frederico Hoehene nos anos 50, e hoje todas consideradas sinonímias: Maxillaria porphyrostele var. fuscobracteata Porsch, (1908), Maxillaria porphyrostele var. chrysanthoides Hoehne (1952), Maxillaria porphyrostele var. minutipunctulata Hoehne (1952) e Maxillaria porphyrostele var. submarginata Hoehne (1952).