Espécie cuja morfologia chama a atenção pelo tamanho reduzido das flores na comparação com o tamanho da planta. Enquanto o vegetal pode passar de 20cm de altura (caules 7-15cm de comprimento e folhas 5-10cm), as flores, que surgem agrupadas na base da folha, raramente ultrapassam 1cm de diâmetro.
O nome da espécie tem relação com esse fato; vem do grego olígos (=pouco) + anthos (=flor).
Descrita em 1882 por Barbosa Rodrigues como Pleurothallis oligantha, foi transferida para Acianthera por Fabio de Barros em 2003. Ocorre na mata atlântica do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul, e floresce do outono até a primavera.
As flores são agrupadas em pequenos grupos de até cinco ou seis, na base da folha, e são pilosas do lado externo das sépalas e verrucosas na face interna. Há um detalhe morfológico importante na espécie, que não ocorre em todas as espécies de Acianthera, conforme destacam Cezar Neubert Gonçalves e Jorge Waechter em seu trabalho sobre o gênero no RS – as brácteas da inflorescência, que é bastante curta, têm ápice afunilado e avançam sobre o pedicelo e sobre parte das flores. Ou seja, além de serem pequenas em comparação com o tamanho do vegetal, as flores são muitas vezes parcialmente cobertas pelas brácteas.
Das Acianthera de ocorrência no Rio Grande do Sul, é a espécie que tem menores flores na comparação com o tamanho das folhas.
Outra característica da espécie é a forma fortemente canaliculada dos ramicaules, que são mais largos na pare superior do que na base, normalmente têm o dobro do tamanho das folhas e se apresentam comprimidos lateralmente.
As sépalas laterais são concrescidas em praticamente toda a sua extensão, separando-se ligeiramente apenas no ápice, e suas margens são pubescentes.