Descrita em 1836 por John Lindley como Pleurothallis papillosa, esta espécie foi transferida para Acianthera em 2001. Pertence ao grupo de espécies que reúne A.saundersiana, A.cryptoceras (A.glanduligera) e A.serpentula, mas é menor que as demais e tem flores de colorido alaranjado.
Epífita de crescimento reptante, ocorre na mata atlântica dos Estados do Sul e do Sudeste do Brasil. Os caules são separados por rizoma de 1cm de comprimento, e medem entre 1 e 1,2cm de comprimento, portando folhas lanceoladas e sulcadas, de comprimento de no máximo 2cm com largura média de 1,5cm.
A inflorescência porta uma única flor, de colorido predominantemente laranja como dissemos acima, e que surge de uma espata de meio milímetro de comprimento. A sépala dorsal mede 4mm de comprimento por no máximo 1,5mm de largura, com forma lanceolada e mais larga na extremidade do que na base, onde é mais escura; apresenta três veias longitudinais, e colorido púrpura. As laterais são um pouco menores, com 3,5mm de comprimento em média, por 1,5 a 2mm de largura, e são totalmente concrescidas, formando um sinsépalo côncavo. Também apresentam três venosidades cada uma.
As pétalas medem no máximo 1,5mm de comprimento por 1mm de largura, são espatuladas e transparentes, apresentando uma veia longitudinal central.
O labelo é um pouco mais avermelhado que o resto dos segmentos florais e mede cerca de 2mm de comprimento por 1mm de largura, é levemente trilobado, um pouco verrucoso e com margens serrilhadas. Na base apresenta duas pequenas projeções laterais em relevo. Os lobos laterais são pequenos e erguidos.
A coluna mede 2mm de comprimento, com duas asas em torno da cavidade estigmática, e um pé de pouco menos de 2mm de comprimento.
A espécie floresce no começo do verão.
O nome ‘papillosa’ tem origem no latim ‘papilósus’, que quer dizer papila, verruga, provável alusão às verrugas do labelo.