Eleanthus brasiliensis, espécie com ocorrência no litoral atlântico desde a Guiana até o Sul do Brasil, é a única representante da subtribo Sobraliinae no Rio Grande do Sul. Foi descrita em 1843 por Lindley, como Evelyna brasiliensis, e transferida para Elleanthus por Reichenbach em 1862.
O gênero Elleanthus foi estabelecido em pelo tcheco Karl Borzowoj Presl (1794-1852) e tem atualmente mais de cem espécies; no Brasil ocorrem doze delas segundo a lista da flora do Brasil publicada pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
E.brasiliensis é uma planta vigorosa, que normalmente passa de 1m de altura, podendo alcançar 1,20m. Predominantemente epífita mas eventualmente observada também como rupícola, suportada por sistema radicular composto por raízes esbranquiçadas, grossas e longas, apresenta-se em touceiras de 20 a 30 caules longos e aglomerados, sem pseudobulbos. As folhas são dispostas alternadamente no caule, com forma lanceolada, extremidade aguda e muito enervuradas, medindo entre 10 e 18cm de comprimento por 2 a 4cm de largura.
As inflorescências surgem do ápice dos caules, portando entre 30 e 40 flores de forma tubular, agrupadas em um buquê na forma de roseta, com colorido variável do rosa esbranquiçado ao lilás.
As sépalas são lanceoladas, a dorsal com 0,9cm de comprimento por 0,3cm de largura e as laterais com 0,6cm de comprimento por 0,3cm de largura. As pétalas são também lanceoladas, com 0,9cm de comprimento por 0,15cm de largura.
O labelo é liso, ondulado na extremidade, com forma quase quadrada, com 1cm de comprimento por 0,8-0,9cm de largura, e apresenta na base duas glândulas carnosas responsáveis pela produção de néctar.
A coluna mede 0,8cm de comprimento.
A espécie floresce no verão.