Das duas dezenas de espécies que hoje estão incluídas no gênero ZygostatesLindl., algumas estavam antes no pequeno gênero Dipteranthus Barb.Rodr., caso desta espécie, então como Dipteranthus pellucidus (Rchb.f.) Cogn., descrita em 1863 e que por um tempo esteve incluída em Ornithocephallus (Ornithocephalus pseudobulbiferus Barb.Rodr).
Toscano de Brito (2001) considerou DipteranthusBarb. Rodr. sinônimo de Zygostates, seguindo o que já expressara Pfitzer no final do século XIX.
Nativa da mata de araucária (floresta ombrófila mista) da mata atlântica do sul e sudeste do Brasil, Z.pellucida é uma espécie epífita com pouco mais de 2cm de altura. As raízes são pilosas e atingem até 7cm de comprimento. Os pseudobulbos são inconspícuos e unifoliados. As folhas são conduplicadas e têm entre 8 e 10mm de comprimento.
A espécie floresce a partir do começo do verão. A inflorescência é lateral e ereta, longa na comparação com as folhas, podendo passar de 12cm, e portando de 4 a 5 flores de 6-7mm de diâmetro, de colorido verde e branco e que alcançam cerca de 15 dias de duração. O labelo tem entre 2,5 e 3mm de comprimento e em média 3mm de largura, é íntegro, navicular, com ápice acuminado e e não articulado com a coluna. A coluna tem 2mm de comprimento.
O nome ‘pellucida’ vem do latim ‘translúcido’, referente às pétalas e sépalas das flores da espécie.