Mais uma espécie de Octomeria de ocorrência na mata atlântica do Sul e do Sudeste do Brasil, avançando também para a região de Misiones na Argentina. Foi descrita em 1877 por Barbosa Rodrigues. Em princípio não tem sinonímias conhecidas.
Com vegetal chegando a no máximo pouco mais de 10cm de altura, apresenta um crescimento entouceirado, relativamente desorganizado, com cerca de 20-30 folhas. As raízes são brancas e curtas, dispostas num raio de 5cm ao redor da touceira. Os caules são roliços e um pouco curvados, com quatro nós,, cobertos pelas fibras deixadas pelas bainhas que os revestem, e medem entre 3 e 8cm de comprimento, separados por um rizoma de comprimento entre 0,2 e 0,3cm. As folhas são lanceoladas e conduplicadas, medindo entre 3 e 5cm de comprimento por 0,8cm de largura em média. (Detalhe importante desta espécie portanto: os caules são mais longos que as folhas).
As flores são membranáceas e amarelas, suportadas por pedicelos de 0,2cm, sendo em número de 2-6 por inflorescência. As sépalas são um pouco côncavas e medem 0,4cm de comprimento por 0,1cm de largura e as pétalas têm 0,3cm de comprimento por 0,1cm de largura, e apresentam um ápice mais arredondado que acuminado.
O labelo é articulado com o pé da coluna e tem comprimento entre 0,2 e 0,3cm e largura orpixuna de 0,1cm. Apresenta dois pequenos lobos laterais erguidos, próximos da base, mais esbranquiçados que o restante do labelo.
A coluna é bastante curvada para a frente, praticamente paralela à base do labelo, e mede 0,2cm de comprimento, carregando 8 polínias como é característico das espécies do gênero.
A floração ocorre no fim do inverno e começo da primavera. O nome da espécie vem do grego e diz respeito ao tamanho pequeno das flores – ‘mikrós’ (pequeno) + ‘anthos’ (flor).