Espécie descrita por Pabst em 1956, como Pleurothallis karlii. Em 2004, Luer estabeleceu o gênero Apoda-prorepentia, incluindo esta espécie, enquanto no mesmo ano Cezar Neuberth Gonçalves e Jorge Luiz Waechter publicavam artigo transferindo-a de Pleurothallis para Acianthera, como Acianthera karlii que é o nome atualmente reconhecido na Flora do Brasil. Entretanto, o nome atualmente aceito pelo Royal Botanic Gardens é Pleurothallis karlii Pabst.
Faz parte de um grupo ainda muito discutido de Pleurothallidinae, de aproximadamente uma dezena de espécies, que já chamava a atenção de Lindley no fim da década de 1850.
A espécie ocorre apenas no Sul do Brasil – em princípio há registros somente no RS e no PR, mas acreditAMOS que haja ocorrência também em SC, pois é planta do araucarieto, a floresta ombrófila mista que ocorre também na serra catarinense.
Tem crescimento reptante, como diversas outras espécies de Acianthera, mas com uma característica que a separa das demais – as folhas, arredondadas e muito sulcadas, são pendentes, o que torna o vegetal facilmente reconhecível no habitat, frente a outras espécies como Acianthera saundersiana, Acianthera glanduligera ou Acianthera tristis
As flores, que vêm em duas ou três por inflorescência, também são peculiares – além de não abrirem totalmente (as três sépalas são fundidas entre si até cerca de 2/3 de seu comprimento), as flores apresentam na base do labelo um calo com quatro ‘dentes’ – isto, evidentemente, só pode ser observado dissecando-se uma flor, pois a forma fundida das sépalas permite que se veja apenas a extremidade do labelo.
Sobre a etimologia da espécie: o nome Apoda-prorepentia vem da junção de duas expressões, uma latina e uma grega: ‘Apodion’ vem do grego, quer dizer ‘sem pé’; e ‘prorepens’ é latim, quer dizer ‘rastejante’. O nome do gênero portanto faz referência aos ramicaules curtos e ao rizoma rastejante. Já ‘karlii’ é homenagem a Gerhard Karl, coletor original dos primeiros espécimes