Espécie descrita por Schlechter em 1922, de ocorrência da mata atlântica do sul e sudeste do Brasil, onde vegeta em ambientes de elevada umidade relativa do ar, em média altura de troncos localizados próximos a cursos d´água.
O gênero Dichaea foi criado em 1833 por Lindley, sendo sua espécie typus Dichaea pendula. Cogniaux revisou o gênero Dichaea em 1903, mas na ocasião D.cogniauxiana ainda não havia sido descrita. Conforme Schlechter comentaria em 1922, a gravura publicada na Flora Brasiliensis por Cogniaux como Dichaea graminifolia seria, na verdade, a futura Dichaea cogniauxiana.
A espécie tem hábito ereto (diferindo também nisso de D.pendula, que tem hábito pendente); vegeta como epífita e muitas vezes como rupícola.
Forma touceiras com 5-8 caules, que são achatados lateralmente e têm cerca de 0,3cm de diâmetro, podendo passar de 30cm de comprimento. Novos caules surgem dos caules antigos, bem como novas raízes aéreas. As folhas são lineares e articulares, dispostas de modo alternado ao longo de todo o caule. Não são tão próximas umas das outras como em D.pendula, e mais longas e mais estreitas que aquelas; medem cerca de 3-4 cm de comprimento por 0,5cm de largura.
A inflorescência é uniflora e surge em um pedicelo curto. A flor é branca e diáfana, muitas vezes com um tom rosado, e apresente variadas máculas vinho-escuras distribuídas pelos segmentos florais. Pétalas e sépalas têm dimensões próximas – são oblongo-lanceoladas, com extremidades agudas, e medindo cerca de 0,6-0,7cm de comprimento por 0,3cm de largura. O labelo apresenta forma de âncora, com 0,6cm de comprimento pela mesma medida de extremidade a extremidade. A coluna mede cerca de 0,4mm e apresenta uma cavidade estigmática bastante larga.
O nome da espécie é homenagem de Schlechter ao botânico Alfred Cogniaux.